segunda-feira, 1 de junho de 2009

DISCIPULADO RADICAL - XIV


A Oração do Pai-Nosso, ou Oração Dominical (Mt 6:9-13), não é apenas uma das mais conhecidas passagens da piedade ensinada pelo Mestre aos seus discípulos, é também um modelo de devoção para ser aprendida, repetida e experimentada na vida diária do discipulado. Com certeza a riqueza das palavras de Jesus são inestimáveis e delas quero tirar algumas lições, olhando-as como em paralelo.
A Oração é dirigida ao Pai. Esta invocação expressa intimidade e amor filial do discípulo que ora em relação ao Deus que recebe a oração. É um Deus Todo-Poderoso que habita os céus em sua glória. Paralelamente Jesus ensina a suplicar para que venha o Reino: melhor do que me levar até onde Deus está, devo pedir que o próprio Senhor venha com seu Reino e domínio sobre a minha vida e existência.
O segundo paralelismo é entre o perdão que espero receber pelos meus próprios pecados (dívidas) e aquele que eu ofereço aos meus semelhantes. Não é que o Mestre condiciona um ao outro: o perdão divino é gratuito. Mas aqui mais uma vez está demonstrada a lei da reciprocidade tão cara ao discipulado: se espero – e preciso – receber o perdão pela minha dívida contraída para com Deus, tenho que estar disposto a perdoar na mesma medida aqueles que me têm ofendido.
Um último paralelo a se destacar é sobre o maligno: ele está à espreita me tentando e corro sempre o risco de sucumbir, por isso preciso da ajuda divina para vencer a tentação. Ao lado desta segurança no momento da tentação, preciso que o próprio maligno seja afastado de minha vida com sua influência negativa.
Assim posso concluir minha oração como o brado de exaltação: Pois teu é o reino, o poder, e a glória para sempre. Amém!

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