segunda-feira, 15 de junho de 2009

DISCIPULADO RADICAL - XVI


Ainda seguindo a oração como atitude espiritual do discípulo, Jesus apresenta o tema do jejum: tendo buscado – e encontrado – a Deus através da oração, a disciplina cristã natural e seguinte e se desenvolver é o jejum. “Quando jejuarem...” (Mt 6:16-18), esta constatação do Mestre vai apontar a algumas implicações sobre esta prática religiosa.
A primeira observação é sobre o fato de não haver uma ordem sobre a prática ou não do jejum: o Mestre não manda jejuar, mas constata que isto deve ser prática usual. Ou seja, para Jesus o jejum é uma renúncia voluntária daquilo que me é importante e necessário. Não sendo obrigado, com o jejum eu me predisponho voluntariamente a renunciar direitos e regalias em prol do discipulado.
Jesus também faz uma relação óbvia e direta entre o jejum e a piedade pessoal. Para o Senhor o jejum é uma atitude individual e tem que ser tratada na mesma intimidade da oração – dentro do quarto – pois é lá que ele produz os seus efeitos: “arrume o cabelo e lave o rosto”, ou seja, não deixe nem por descuido que os outros percebam que você está jejuando.
Ainda é importante destacar que o jejum proposto por Jesus Cristo não tem por objetivo mudar ou mover Deus dos seus propósitos. No jejum bíblico quem é tocado, influenciado e mudado é o discípulo. Deus sempre permanece o mesmo, o discípulo fiel é que se fortalece na prática piedosa do jejum cristão.
O Mestre indica e ordena aos seus discípulos que é necessário haver intimidade com Deus, junto com a oração no quarto fechado, o jejum estimula e produz esta intimidade. Que eu viva esta bênção que o Senhor me oferece para sua exclusiva glória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário