sexta-feira, 19 de junho de 2009

CELEBRANDO A COMUNHÃO DOS SANTOS


Periodicamente celebramos em nossa Igreja a Ceia do Senhor, isto fazemos seguindo tanto a ordenança do Mestre (há ordem para partilhar em Lc 22:17) quanto à tradição que nos vem dos cristãos primitivos (veja a constatação do evento pentecostal em At 4:42).
Só por estas citações iniciais já fica clara a ligação entre ceia cristã e comunhão, relacionamento, partilha e fraternidade. Chamá-la de Comunhão seria então reconhecer nesta celebração cristã mais que um rito, mas um momento de reafirmação de valores sagrados de nossa fé e prática.
Assim seguindo essa linha de raciocínio, deixe-me apontar algumas verdades que celebramos sempre que compartilhamos do pão e do vinho em culto ao Senhor (antes de prosseguir veja este conceito de ceia como adoração em 1Co 10:31).
Ter pão e vinho em nossa adoração é celebrar a obra de Cristo na cruz quando desfez a separação entre os seres humanos e a todos nos deu acesso ao Pai, criando um novo homem e fazendo a paz entre nós (está dito em Ef 2:14-18). A ceia deve nos trazer à memória que em Cristo não há mais distinção entre judeu e grego (claro em Rm 10:12).
Voltando a Efésios, sabemos que celebramos quando nos reunimos para celebrar a Cristo o mistério finalmente revelado da suprema vontade de Deus que agora somos co-herdeiros com Israel e membros do mesmo corpo (em Ef 3:2-6, mas veja a forma simbólica como Paulo diz isso em Rm 11:11-24).
O desdobramento desta celebração é que quando comemos e bebemos juntos em memória do crucificado sabemos que foi por ele que deixamos de ser apenas um bocado de gente para nos tornar efetivamente povo de Deus (confira em 1Pe 2:9-10). Se somos hoje o povo escolhido de Deus é porque por Cristo – simbolizado na mesa – nos resgatou para ser seu povo e reino (complete a leitura bíblica em Cl 1:12-13).
Em especial também nos elementos da comunhão celebramos o óleo da bênção derramado na fraternidade cristã (tome as palavras do Sl 133). Quando comemoramos a nossa vida em união – e somente através de Cristo conseguimos transformar este projeto em realidade – trazemos para nossa vivência como comunidade de fé a certeza de que Deus tem interesse pleno nesta unidade (na oração do Mestre em Jo 17:21) e reafirmamos que aqui – e primordialmente aqui – é onde o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (no Sl 133:3).
É com esta visão que nos juntamos periodicamente para celebrar e reafirmar que em Cristo nos tornamos e nos mantemos como Comunhão dos Santos – essencialmente igreja de Cristo. Nesta fraternidade e para glória do Senhor: celebremos a comunhão.
(Na foto acima, alguns músicos que louvam ao Senhor com seus instrumentos em nossa igreja em um momentos em que desenvolviam o espírito de fraternidade e comunhão cristã descontraidamente em um parque de nossa cidade).

Nenhum comentário:

Postar um comentário