segunda-feira, 28 de junho de 2010

DISCIPLINA CRISTÃ


Dedique à disciplina o seu coração, e os seus ouvidos às palavras que dão conhecimento. (Pv 23:12)
Iniciamos ontem uma série de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical.  Nestas lições estudaremos algumas das práticas que descrevemos como Disciplina Cristã vamos nos ocupar de temas específicos do estilo de vida próprio de discípulo de Cristo. 
Mas, o que entendemos por Disciplina Cristã?
Somos todos soldados de um exército em batalha e nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou (2Tm 2:4); sendo assim, a disciplina que o nosso General nos impõe é fundamental tanto para nossa sobrevivência nesta guerra quanto para nos fazer sair dela vitoriosos.  Disciplina cristã é estilo de vida – um jeito próprio de fazer e encarar todos os aspectos de nossa existência.  Não é só uma tática de batalha, é um modo de viver que nos identifica como soldados em um batalhão sob as ordens de um comandante em vitória.  E digo mais, esta Disciplina é para todo o exército e não apenas para uma elite – é para todo crente, e não apenas para alguns ministros de Deus escolhidos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SEREIS LIVRES

Em uma de suas discussões com os judeus durante seu ministério, Jesus abordou o tema de liberdade em oposição à escravidão.  Embora os filhos de Abraão se julgassem completamente livres, Jesus os compreendia como escravos, pois ainda viviam sob o jugo do pecado – e um é consequência direta do outro (leia em Jo 8:34-36 e veja também 2Co 3:17 onde Paulo apresenta o mesmo argumento).
Seguindo o Mestre, devo entender da mesma maneira a relação íntima de oposição representada pela fórmula: [pecado = escravidão ≠ Cristo = liberdade].  Com esta certeza em mente, quero aqui passar um pouco as páginas bíblicas para refletir sobre os desdobramentos de cada lado da equação.
O ponto de partida é logicamente as palavras de Cristo: quem vive pecando é escravo do pecado, mas se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres (no já citado Jo 8:34-36).  Neste sentido pelo menos três aspectos podem ser destacados; não são os únicos, mas vamos a eles.
Por outro lado quem é livre em Cristo Jesus sabe que nada no tempo presente é definitivo e por isso pode se apegar à esperança de que o tempo de Deus haverá de chegar para fazer novas todas as coisas (sobre isso há textos em demasia na Bíblia, veja alguns: 1Co 13:10 / Rm 8:18 e 24 / Ap 21:5).
A condição de escravidão não permite usufruir o resultado de seu trabalho e produção.  Quem vive em estado de servidão é forçado a entregar tudo o que produz ao seu senhor, esta é a sua condição inapelável.  Por mais que se esforce e trabalhe, nunca nada será seu.
Quem já experimentou a liberdade de Cristo pode também experimentar o resultado do seu trabalho e desfrutar daquilo que conquistou.  Enquanto o pecado rouba nosso suor em vão, Deus valoriza o nosso empenho (leia 1Co 15:58).  E o Salmo vai além cantando que quem serve ao Senhor é feliz e próspero (o Sl 128:1-2 fala em comer o fruto do trabalho).
Quem vive sob o regime de escravidão, por definição, não possui direito a movimentação e decisão.  A falta de liberdade tira a opção de ir e vir e de escolher o que fazer.  Aquele que é escravo do pecado sabe que vícios, erros e defeitos são mais fortes que sua própria vontade e lhe dominam todas as decisões, ações e reações.
A liberdade que Cristo oferece para quem lhe serve é completa e definitiva (confira Gl 5:1).  No Espírito temos a liberdade de fazer escolhas (esta foi a proposta de Josué em Js 24:15).
Agora, conhecendo a verdadeira liberdade que há no Espírito de Deus e que foi ofertada por Cristo através de seu amor, que possa eu usá-la para servir livremente e com gratidão àquele que é nosso amado Senhor.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ

Estamos mais acostumados à expressão que nos serve de título a esta pastoral através da canção do pastor Armando Filho – isso não é ruim.  Contudo a verdade é que a frase é de Paulo e está em Rm 8:1.  O apóstolo afirma que agora já não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus.  Pensando nesta verdade bíblica, mesmo não me sentindo preso ao texto, porém respeitando muito o contexto, quero refletir sobre o tema.
Depois de discorrer sobre o tema da graça divina em oposição à justiça da lei e da luta contra o pecado, Paulo declara que em Cristo estamos completamente livres que qualquer condenação.  Isto nos remete a visão do tribunal espiritual eterno: nele há um acusador, um defensor e o ser humano no banco dos réus.
No papel de acusador está o diabo.  Ele é apresentado na Bíblia como o caluniador, o adversário (veja 1Pe 5:8).  O que ele tem feito com os servos de Deus é apontar e acusá-los procurando condenar mulheres e homens.  Foi assim no caso do patriarca Jó (leia em Jó 1:6-11) em que o diabo quis incriminar Jó diante de Deus desmerecendo sua fidelidade.  Também foi com o sacerdote Josué quando o acusador apontou suas roupas sujas (confira em Zc 3:1-3).
Mas há o outro lado.  O próprio Paulo questiona: Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus?  Quem os condenará?  Ao que responde: Foi Cristo Jesus que morreu, ressuscitou, está a direita de Deus e intercede por nós (em Rm 8:33-34).
Cristo é nosso advogado de defesa (e aqui inclui a obra do Espírito como dito em 1Jo 2:1).  Como nosso defensor, Cristo Jesus é a garantia de que real e completamente nenhuma acusação vinda do diabo será capaz de nos atingir e nos tornar culpados diante de Deus.  E sabe o motivo?  Isaías profetizou que Ele levou sobre os nossos pecados (leia Is 53:12) e aos Hebreus é dito que temos um sumo sacerdote sem pecado que verteu seu próprio sangue para remir nossa culpa (compare Hb 4:15 com 9:11-22).
Diante do tribunal que nos julga estamos livres de qualquer acusação.  Nada mais pesa sobre nossa alma, pois tudo já foi pago por Cristo.  O esforço diabólico de nos acusar está fadado ao fracasso.  Diante de Deus estou justificado em Jesus (mediante confissão com está dito em Jo 5:24).  Diante de minha própria consciência é o Advogado maior quem atesta que nada me condena (ainda é João em 1Jo 3:19-21).
Assim, posso viver e encarar a vida de frente e com a fronte erguida, para a glória de Deus porque "nenhuma condenação há para quem está em ti, querido Senhor".

terça-feira, 15 de junho de 2010

EBD Viva

Já está na rede o blog da Igreja Batista do Centenário (Riachuelo/SE) com material excelente sobre as lições da Escola Bíblica Dominical.  Eu recomendo como boa leitura e subsídio para acrescentar no conhecimento e preparação para o estudo bíblico.
O título é "EBD Viva" e o endereço é http://ebdcentenario.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de junho de 2010

JABULANI

Para a turma do futebol, começa hoje a Copa do Mundo.  Serão mais de sessenta jogos, transmitidos pela TV, com direito a cobertura jornalística completa, Internet, twitter e outro tanto volume de informações. 
Antes, contudo que a bola começasse a rolar, o assunto que ocupou estes noticiários foi a própria bola em si.  Criada pela patrocinadora da Copa, a bola oficial gerou polêmica pelo seu formato e comportamento.  Para alguns atletas a novidade é interessante, mas para muitos só merece críticas.
Apelidada de Jabulani, a bola da Copa possui 11 cores diferentes.  O nome da bola significa "celebrar", em Zulu.  Jabulani é uma palavra da língua Bantu isiZulu, um dos 11 idiomas oficiais da África do Sul.
E é neste ponto que quero refletir aqui.  Mais que uma guerra – apesar de alguns quererem ser guerreiros – ou que uma oportunidade de afirmação nacional – e sei que vão querer tirar proveito disso – a Copa se propõe a ser um evento de celebração – embora também saiba que no fundo hoje é mais uma grande promoção comercial e econômica.
Jabulani – celebrar – me faz pensar no tão conhecido Salmo 100.  Este sim, é celebração de verdade.  Veja o que ele diz sobre celebração.
Celebrai com júbilo ao Senhor,
todas a terras.
O verdadeiro espírito de celebração é devido somente ao Senhor – e na sua presença há plenitude de alegria (veja também o Sl 16:11).  O júbilo (alegria festiva e esfuziante) é a maneira própria do servo do Senhor manifestar sua aclamação na presença de Deus.  E isto é devido por todos os habitantes da terra (o Sl 150 fala em todo ser que respira).
O verso dois acrescenta o que deve seguir à celebração verdadeira: servi ao Senhor com alegria.  A celebração do servo do Senhor é sempre acompanhada de um espírito de serviço ao Senhor.  Os cânticos devem gerar em mim – o adorador celebrante – uma atitude de submissão e serviço ao Senhor, pois quem celebra e adora, serve e obedece (veja o grande mandamento em Mt 22:37-38).
Sabei que o Senhor é Deus (verso três).  Celebro ao Senhor e isto me leva a conhecê-lo muito mais.  Sendo o inverso também verdade: à medida que o conheço e o celebro por seu grandes feitos, faço crescer dentro de minha alma do desejo por conhecê-lo mais ainda (como gosto de Os 6:3!).
E prossegue o Salmo: quem celebra ao Senhor e o serve também é levado a buscar a sua presença, a entrar por suas portas com gratidão.  Celebração verdadeira que me faz aclamar sua glória, também me atrai para o interior de sua casa, da sala sagrada do seu trono.  É o lugar perfeito para se celebrar (é por isso que o Sl 122:1 fala em alegria por ser chamado à Casa do Senhor).
Agora a celebração chega ao seu ponto mais alto:
Pois o Senhor é bom
e o seu amor leal é eterno;
a sua fidelidade permanece
por todas as gerações.
Esta é a Jabulani de verdade.  Nada contra a bola ou a Copa (na medida do possível vou até assistir alguns jogos); mas celebração é com o Salmo 100.  Que ele seja o nosso lema.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

QUEM É DEUS ACIMA DO SENHOR? - 1ª parte

Por circunstâncias variadas, nestes últimos dias tenho voltado meus pensamentos para o tema de batalha espiritual e da luta que todo cristão tem que travar diariamente para se manter íntegro e continuar em busca do prêmio e vitória (veja como Paulo fala sobre isso em Fl 3:14). 
Em cada um destes momentos, me foi renovada a certeza que mais importante que entender e conhecer o inimigo e suas táticas é imprescindível saber quem é o Deus, afinal o Senhor é infinitamente superior a qualquer um que se levante contra Ele (não se esqueça de 1Jo 4:4).  Ou seja, acredito que muitas vezes venho a sofrer derrotas e revezes transitórios em minha luta cristã apenas por não conhecer quem é que vai a minha frente.
Pensando nisso, gostaria de iniciar hoje uma pequena série de reflexão sobre quem é Deus, e como posso encarar a luta com tranquilidade.  Para isso vou tomar como base o Salmo 18 nos versos 31 a 34: Quem é Deus acima do Senhor?  Se eu souber exatamente quem é o comandante que vai a minha frente e confiar plenamente em sua capacidade e comando, com certeza vou enfrentar a batalha com mais segurança e ousadia.
Deus é a Rocha.  Tanto no AT quanto no NT esta verdade é repetida incansáveis vezes: Isaías se refere ao Senhor como a Rocha de Israel (veja Is 30:29) e Pedro citando o profeta apresenta Jesus como a Rocha angular (veja 1Pe 2:6-8).
Quando estou em meio às batalhas de vida cristã tenho que saber que o meu Deus é uma Rocha Eterna (expressão de Is 26:4).  Isso significa em primeiro lugar que Ele é inabalável e traz para mim o sentido de estabilidade, confiabilidade e fidelidade absoluta.
Sobre esta rocha firme, deixe-me ver o que a Palavra de Deus nos diz.  Em Ml 3:6 o próprio Senhor declara que é vivo e não muda.  Posso confiar com toda segurança que aquilo que Ele foi no passado continua sendo hoje (veja também Ap 1:8).  E Tiago vai além afirmando que nele não há sequer sombra de variação (confira em Tg 1:17).
Outro texto é o Sl 40.  Com toda convicção, Davi afirma que quando seus pés vacilaram num meio de um charco de lodo, o Senhor o colocou sobre uma rocha e lhe firmou os passos.  A Rocha firme que é o Senhor é quem me firma a caminhada para que não venha a vacilar em nenhum momento.  Também é bom citar que Judas nos instrui a glorificar àquele que é poderoso para nos guardar de tropeçar (no verso 24).
Olhando o nosso general de guerra, o Senhor dos Exércitos, como uma rocha, também posso saber que ele é o alicerce sobre o qual devo construir minha vida com segurança.  E me vem à lembrança a parábola das duas casas (citada no final do Sermão do Monte em Mt 7:24-29).  Quando estou firmado na Rocha Eterna, podem vir todas as tempestades, as ciladas e investidas do Maligno, a mais terrível e cruenta batalha espiritual que minha vida jamais será abalada.
Este é o Deus em quem deposito toda a minha confiança e obediência durante as lutas desta vida, e por que Ele é uma rocha e alicerce firme e inabalável, sei que vou sair vencedor e triunfante para a glória dele.