sexta-feira, 12 de junho de 2009

OS PLANOS DE DEUS


O profeta Jeremias que ficou conhecido como o profeta chorão por ter lamentado, no final de seu ministério, pela destruição de Jerusalém não pode ter seu nome apenas associado a este contexto. É dele também uma carta escrita aos exilados judeus na Babilônia na qual critica os pessimistas e apresenta os projetos de Deus para a nação que, por ter sido pecaminosa, foi severamente castigada pelo Senhor, mas que não deveria por isso abandonar a sua fé (leia toda a carta em Jr 29:4-23).
Da carta do profeta queria hoje chamar a atenção apenas ao verso 11 para destacar aquilo que o Senhor tem guardado para os seus, mesmo que em tempos de exílio e purgação.
Em primeiro lugar vamos lembrar que como os judeus nós também não somos deste lugar (Pedro ressalta que somos apenas estrangeiros e peregrinos em 1Pe 2:11). Mas como afirma Jeremias ainda assim não podemos desprezar esta vida e os compromissos que ela nos traz (no contexto aponto ainda as palavras de Mardoqueu em Et 4:14).
Nesta situação, o que Deus tem planejado para nós? A resposta aponta em duas direções.
No presente, o plano de Deus é de paz, saúde e conforto. A palavra que é usada no original hebraico traz exatamente o conceito de que o que Deus deseja para os seus filhos é uma condição de vida digna e tranquila. Mesmo vivendo em meio a aflições (leia Jo 16:33), mas é preciso ficar bem claro que este não é o plano de Deus para o seu povo. Deus tem sempre algo melhor.
É neste sentido que as palavras de Jesus soam para nós como uma garantia para a vida presente: Deixo-vos a paz (Jo 14:27). E o Mestre é explícito quando declara que a paz dele não se compara com a do mundo; por isso não deve haver sequer névoa de temor em nossos corações.
Ele é a nossa paz declarou o apóstolo Paulo em Ef 2:14 e este é o reconhecemos como plano de Deus para o tempo presente.
Em relação ao futuro, Jeremias se refere à esperança. Embora não possamos ver agora como se dará a transformação da história, mas a promessa e garantia que temos é que nada do que vemos hoje permanecerá eternamente (aqui os textos bíblicos são abundantes, leia por exemplo Rm 8:18; Hb 13:14 e Ap 21:5). Repito então: Deus tem sempre o melhor.
O apóstolo João mais uma vez nos conta que Jesus prometeu muitas moradas que já estão prontas na Casa do Pai e que, com certeza, Ele virá em glória para nos levar para as moradas eternas (delicie-se com Jo 14). Mesmo sabendo que é necessário construir aqui uma vida saudável, não podemos perder de vista o nosso destino celestial.
Frise-se que entre os títulos que Paulo dá a Jesus está que ele é a esperança nossa em 1Tm 1:1 e é nesta esperança que nos apoiamos.
Para concluir apenas voltando ao profeta no cativeiro, com ele afirmamos que é o próprio Deus quem tem determinado este presente e o futuro que está reservado para a igreja. Vivamos de acordo com Ele, para a glória dele.

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