sexta-feira, 24 de abril de 2009

USA-ME, SENHOR


Vamos considerar sobre a Campanha de Missões Mundiais / 2009. O tema sugerido pela nossa Junta está baseado no texto da vocação de Isaías (Is 6:1-8). No texto, o profeta tem uma visão do Senhor em glória e a partir desta visão, toda a sua vida foi transformada: seus lábios impuros foram tocados e seu pecado perdoado. A consequência disto é que Isaías respondeu favoravelmente ao desafio missionário que ouviu naquele culto.
A resposta do profeta em se dispor a atender ao chamado é, com certeza, um modelo para nós cristãos modernos que também somos chamados à missão (confira em Mc 16:15). Mas vejamos a que implicações Isaías estava disposto a se comprometer a partir de sua disponibilidade.
Quem diz ao Senhor para usá-lo estar-se colocando a disposição para se mover. Com a sua resposta, Isaías sabia que, embora o santuário fosse o melhor lugar para se ficar, mas estar pronto para responder ao Senhor deve significar sair do lugar de conforto para o de trabalho missionário. Quem ouve a voz do Senhor e atende, tem que se mexer – tem que sair da inércia e começar a agir.
Jesus inicia a grande comissão citada por Mateus dizendo que ela deve ser feita indo. Começando em Jerusalém e sem parar ou desistir chegar até os confins da terra (leia em Mt 28:19).
Em segundo lugar, quando há um verdadeiro comprometimento com a missão que o Senhor nos entrega deve haver também uma ruptura com os vínculos do passado. É claro que para alguns isso vai significar deixar literalmente seu lugar e família como foi com Abraão (Gn 12:1) e ainda é com nossos missionários transculturais. Mas o chamado à missão cristã tem que nos levar a uma separação dos valores deste mundo para que o Reino de Deus seja nossa prioridade.
Voltamos a ouvir Jesus declarando que para o discipulado cristão autêntico é preciso renunciar até a família – sendo ela um empecilho ou ocupando a primazia – e tomar a cruz para segui-lo com integridade (está em Lc 14:26-27).
E ainda, a principal implicação de ouvir e atender a vocação missionária está em se submeter de modo integral à vontade e aos planos de Deus. Quando o cristão se compromete com o evangelho, ele deve vivê-lo de modo absoluto em todos os aspectos de sua vida, o que deverá resultar em abandono do eu com suas falsas prerrogativas e a entrega confiante àquilo que o Senhor tem reservado para os seus.
Aqui a citação é do apóstolo Paulo que entendia que o seu cristianismo tinha que ser reflexo não de suas próprias convicções e aptidões, mas vida de Cristo – e sua vontade e deliberações – no controle de nossa existência (como dito em Gl 2:20).
Que esta seja a nossa resposta também ao ouvir o chamado divino para o cumprimento da missão: Usa-me, Senhor! Para que possamos viver a cada diz cumprindo-a para a glória de Deus.

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