segunda-feira, 6 de abril de 2009

DISCIPULADO RADICAL - VI


Antes de prosseguir na abordagem do Sermão da Montanha como projeto de discipulado radical apresentado por Jesus, deixe-me fazer uma outra leitura:
Jesus certa vez disse que quem com Ele não ajunta, espalha; quem não estivesse com Ele estaria contra (Mt 12:30). Aqui é expressa uma demonstração da radicalidade pretendida por Jesus para os seus seguidores.

Palavras como estas me fazem compreender que seguir a Jesus exige de cada discípulo um compromisso de exclusividade. Ele não admite que se achegue a Ele com um espírito dividido. Seguir a Jesus é algo que não pode ser repartido com mais ninguém, e mais que isto, não pode se ter meias intenções. Ou se estar com Cristo e se tem tudo, ou não se estar com Cristo e não se tem nada. O quase ou o mais ou menos não existe na relação de compromisso com Jesus.

Aproveito para fazer uma citação do livro “O Discípulo” de Juan Carlos Ortiz, ela ilustra bem o conceito de radicalidade expressa do discipulado requerido por Jesus.

"Talvez alguns preferissem que não fôssemos tão incisivos. Eles pensam que existem três caminhos, e não dois, e vivem por esta idéia. Para eles, haveria o caminho largo, que é para os pecadores destinados ao inferno. O caminho estreito seria para pastores e missionários. E este terceiro caminho – que não é nem muito largo nem muito estreito, uma estrada mediana – seria para o restante dos crentes. Naturalmente, tal hipótese não se acha nos livros de doutrina, mas no livro das realidades, que é onde as pessoas vivem.
Este caminho mediano é uma invenção humana. A verdade é que ou nós estamos no reino das trevas fazendo o que é de nossa vontade, ou estamos no Reino de Deus fazendo a vontade dele. Não existe uma situação intermediária. (...).
Então como é que uma pessoa pode mudar sua cidadania do reino das trevas para o Reino de Deus?
Jesus deu a solução. Sua morte na cruz e sua ressurreição significam isto: qualquer escravo que olhar para a cruz tem a permissão para considerar a morte dele como sua morte. Assim o escravo morre e Satanás perde o seu controle sobre ele.
Depois vem a ressurreição. Por ela somos transportados para o novo reino. Este fator é tão importante quanto a cruz. Morremos para um soberano e renascemos sob o domínio de outro."

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