sexta-feira, 17 de julho de 2009

JESUS RESSUSCITOU


A encarnação, a morte e a ressurreição do Filho Unigênito de Deus são marcas características de toda a fé cristã. Nenhuma outra manifestação religiosa da humanidade tem em seus postulados a crença que a divindade em pessoa veio habitar entre os seres humanos, passou pela paixão, esvaziando-se até a morte para só depois retornar ao seu estado de glória eterna e devida (Paulo canta isso em Fl 2:6-11).
Na encarnação e morte Jesus se assemelhou a cada um de nós; mas será na sua ressurreição que fará toda a diferença: Ele demonstra e atesta o seu senhorio (atente para o texto de Rm 1:4). Mas o que podemos dizer hoje sobre a ressurreição de Jesus?
Em primeiro lugar que a ressurreição é desde o princípio o tema central da mensagem cristã. Vejamos que Paulo aos coríntios relata que o importante para os judeus era perceber sinais miraculosos enquanto que para os gregos se fazia necessário apontar conhecimento. Mas em nada disso está a centralidade da mensagem cristã. O aspecto mais importante do cristianismo não está nos milagres que decorrem da fé nem no tesouro de conhecimento social e humano que guardamos. O principal distintivo de nossa doutrina é a afirmação e convicção de que Cristo ressuscitou (o texto aos coríntios é 1Co 1:22-23).
Observe ainda que no cristianismo primitivo, embora o fenômeno de pentecoste tenha gerado um impulso evangelístico ímpar na comunidade, o centro da pregação sempre esteve no anúncio da ressurreição. Confira uma amostra no livro de Atos: Pedro em Pentecoste (At 2:24), Pedro do templo (At 3:15), Pedro e João diante do Sinédrio (At 4:10), Paulo em Atenas (At 17:31).
Tendo estabelecido esta constatação histórica, podemos afirmar que a certeza da ressurreição de Cristo configura-se para o crente a razão central de esperança. E esta perspectiva é embasada no seguinte:
a) A ressurreição de Cristo nos traz perdão e nos aproxima de Deus (leia 1Co 15:17). O pecado que nos afasta de Deus e de sua vontade e traz como consequência a morte só é extirpado de nossa existência pelo poder da ressurreição. Porque Cristo ressuscitou nossos pecados estão perdoados e a nossa fé e pregação é relevante.
b) Nossa esperança também está garantida na ressurreição. Sendo Cristo o primeiro, podemos confiar que o acompanharemos na ressurreição (continue lendo 1Co 15:20). A morte, nosso maior e principal adversário, foi vencida por Cristo e com isso ele conquistou para nós a mesma vitória.
c) É na ressurreição que temos enfim a razão e justificativa de nossa caminhada cristã (ainda 1Co 15:57-58). Por que cremos na ressurreição de Cristo, podemos continuar vivendo e trabalhando como cristão em meio a este mundo porque sabemos que no fim os frutos serão colhidos para a eternidade.
Com esta convicção devemos então trazer sempre em nossos lábios o canto da eternidade: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!” (Ap 5:12).

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