sexta-feira, 3 de julho de 2009

AGINDO EU...


No capítulo 43 do livro da profecia de Isaías, o Senhor se apresenta como o único salvador de Israel. A palavra de Deus foi dirigida originalmente àqueles que estariam exilados mas que deveriam manter a esperança na ação divina em resgatá-los (veja o verso 1º). No contexto temos uma visão comparativa entre o verdadeiro Deus que criou Jacó e agiu em sua história e outros deuses estrangeiros.
A citação profética termina de maneira triunfante com o próprio Senhor questionando: Agindo eu, quem o pode desfazer? (no verso 13).
Neste momento em que nossa Igreja pela fé contempla o agir de Deus, quero tomar a citação do profeta para reafirmar minha fé inquestionável naquilo que o Senhor tem a realizar na Igreja Batista Sol Nascente. Veja o que esta argumentação tem a nos dizer.
Em primeiro lugar, no texto o próprio Deus se apresenta. Com isso deixa claro dois aspectos. De um lado Deus é o Todo-Poderoso. Ele diz: Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum (verso 11). Deus é o que detém poder e autoridade suprema e não há poder na criação que se rivalize a Ele.
Diante dos questionamentos de Jó o Senhor desafia o patriarca a responder sobre quem faz todas as coisas (leia os capítulos 38 a 40 – em especial o verso 40:1). Ainda Paulo reconhece que Ele é o transcendente Rei dos reis e Senhor dos senhores (em 1Tm 6:15-16).
Mas este Deus Todo-Poderoso é também o que se revela, se dá a conhecer (vejo o verso 12). O Deus exaltado em glória desce para se mostrar ao seu povo e realizar maravilhas em seu meio. E mais: o povo é testemunha!
Num contexto semelhante, Jeremias anuncia que Deus está ao alcance do clamor de seus filhos (não se esqueça de Jr 33:3). Mas é no NT que a revelação máxima de Deus foi entregue aos seres humanos: João na introdução de seu evangelho diz: Vimos a sua glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1:14).
Outra verdade que deve ser extraída da profecia é que o Todo-Poderoso revelado tem uma vontade específica para o seu povo, e a executa. Quanto a isso é bom reafirmar que à vontade de Deus sempre se cumpre; não há nada que possa impedir o seu livre agir.
Voltemos a Jó. Depois de seus questionamentos, ele foi convencido de que nenhum dos planos divinos pode ser frustrado (em Jó 42:2). O patriarca aprendeu na experiência que diante da vontade soberana de Deus em cumprir os seus planos, não há força que o detenha. O próprio Jesus vai declarar com ênfase que todo o poder o foi dado no céu e na terra (leia Mt 28:18). Ora, quem tem todo o poder, pode fazer o que quer!
Contudo, sobre a vontade de Deus não podemos deixar de ler na Bíblia que ela é agradável e perfeita. Tiago já nos diz que todo de bom vem de lá (no verso de Tg 1:17). Ou seja, se há algo de bom em nossa vida e em nossa igreja, com certeza a origem é divina. E mais: Paulo afirma que a vontade de Deus é bom, agradável e perfeita (em Rm 12:2).
Assim, voltando ao método comparativo sugerido pelo profeta, podemos declarar hoje que vislumbramos o agir soberano de Deus em nossa igreja que sem dúvida ele fará sobressair a sua vontade – porque tem poder para isso – e tal vontade será o melhor que poderemos esperar – porque ele não se contradiz. E louvaremos a Cristo pela vitória.
(Na foto, a fachada da casa onde nos reunimos hoje com igreja de Cristo)

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