terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Obscurantismo na Roda Viva


Ontem à noite assistindo o Programa Roda Viva da TV Cultura (aqui em Aracaju – TV Aperipê) pude acompanhar a excelente entrevista da Senadora pelo Acre Marina Silva.  Independente da coloração política (ainda não defini meu voto em 2010 embora por tendência histórica continue na esquerda), mas como disse, independente da opção, os posicionamentos e a firmeza da senadora que trocou o PT pelo PV em abordar temas importantes para o futuro da nação mostram o seu preparo para ocupar o lugar que lhe cabe na República.
Nunca é demais lembrar ainda que com santo orgulho temos a irmã Marina Silva na cota de nossa família em Cristo.  E é exatamente neste ponto que quero apontar um destaque importante: O Obscurantismo na Roda Viva.
Como o nome do programa creio que foi escolhido a propósito, então vou trazer para a roda uma questão suscitada lá no final da entrevista.  Numa associação pouco feliz, mas até que histórica e infelizmente compreensível, uma jornalista questionou a nobre parlamentar sobre pontos de ciência como transgênicos, célula-tronco, biotecnologia, colocando em dúvida a capacidade da senadora em avaliá-los uma vez que seu posicionamento religioso a impediria.  Também infelizmente ela não teve o espaço necessário para esclarecer.
Não vou aqui defender a irmã em Cristo na posição de senadora, mas aproveito para citar os exemplos de Salomão e de Daniel como modelos de homens de conhecimento e fé.  Quanto a Salomão é dito que além de administrador e filósofo, foi sábio em temas como botânica e zoologia (leia 1Rs 4:32-33).  Quanto a Daniel o texto nos diz que o próprio Senhor o capacitou para entender de todos os aspectos da cultura e da ciência (a citação é de Dn 1:17).
A fé cristã não pode ser desculpa para a ignorância e para preconceito cultural – se alguns agiram assim equivocadamente tais não podem servir de parâmetro.  Deus após trazer a existência tudo o que existe deixou-o aos cuidados do ser humano e para que este execute melhor a sua função de mordomo da obra criada é preciso que a conheça em profundidade (olhe que linha interessante para uma discussão ecológica!).  Em outras palavras, crente de mente fechada ainda não entendeu direito sua missão na terra.
No caso, o que me parece é que mente obscura e preconceituosa é a da jornalista – nem a conheço.  Mas ela representa a visão limitada de atrelar princípios morais tão necessários neste momento nacional a empecilhos para o desenvolvimento intelectual e social do Brasil.  É triste que ainda tem gente que pense assim, inclusive em nossas hostes o que é pior.

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