sexta-feira, 18 de setembro de 2009

HÁ PERDÃO NA CRUZ

Na excelente linha de argumentação teológica e doutrinária do autor aos Hebreus ele afirma com clareza que sem derramamento de sangue não há perdão (Hb 9:22).  Por este raciocínio, entendemos que para a eliminação do pecado e suas consequências há a exigência espiritual de que o sangue seja vertido.
Para entender tais implicações, é necessário contudo, em primeiro lugar expor um conceito de pecado.  Em linhas gerais, pecado é mais que uma atitude socialmente reprovável ou mais que um desvio de conduta.  Pecado é uma ofensa a Deus como um ser pessoal que nos ama e exige reparação.
Esta compreensão leva-nos então a uma outra que associa os termos: pecado – reparação – sangue – cruz – perdão.  Assim, tudo aponta para a cruz de Cristo pois é de lá que emana todo o amor e todo o poder que produz o perdão divino ao ser humano decaído.
Mas como podemos entender o perdão de Deus em nós?  Uma visão mais ampla da verdade bíblica nos indica algumas respostas.
Em primeiro lugar, o perdão de Deus em nós é de graça.  Embora tenha custado o caríssimo preço de seu Filho Unigênito (lembre-se de Jo 3:16), para nós que o recebemos não nos custou nada!  Em Paulo é muito forte a convicção de que foi pela graça de Jesus Cristo transbordando para nós que alcançamos a dádiva do perdão (leia Rm 5:15 e compare com At 15:11).  Se vivenciamos hoje o perdão dos nossos pecados é que fomos atingidos pela maravilhosa graça.
O perdão de Deus em nós também é uma experiência completa.  Por definição, o pecado produz na fragmentação humana.  Ao nos outorgar seu perdão, o Senhor nos atinge por completo (este pode ser o sentido de 1Jo 1:9).  Mas nenhum texto é tão incisivo quanto a profecia de Miquéias: Deus declara que dos pecados perdoados já não restará lembrança alguma pois todos foram atirados nas profundezas do mar (veja como é lindo todo o texto de Mq 7:14-20!).
E mais ainda, o perdão de Deus em nós é extensivo.  Ao gozarmos de tal perdão somos levados mais além ao ato de também perdoar.  Assim foi indicado na Oração modelo, assim também na parábola do servo impiedoso (os textos são Mt 6:14-15 e Mt 18:21-35) e Paulo fala no constrangimento do amor de Cristo em 2Co 5:14.  O perdão divino gera em nós um espírito perdoador o qual nos liga novamente ao Senhor amoroso, nos refaz por dentro e cria novos laços com nossos irmãos (respectivamente: Ef 2:18; 2Co 5:17 e Ef 4:32).
É por isso que louvamos o Senhor por tal perdão.  É por isso que vivenciamos todo os dias o ser nova criatura. 
Que o próprio Cristo nos faça viver à sombra da cruz para podermos sempre experimentar mais toda a extensão e profundidade do perdão que de lá nos vem.  Para sua glória.

Um comentário:

  1. Prezado Pastor Flávio.

    A paz do Senhor.

    Também sou Batista da convenção Brasileira do RS e gostaria de compartilhar em seu blogger com outro ponto de vista em relação ao assunto da CEIA DO SENHOR. Já fui adepto da Ceia livre, mas hoje não concordo mais e gostaria de compartilhar os motivos para reflexão da igreja.

    Creio que devemos ter cuidado para não abrir demais esse conceito de ceia "livre".

    Ceia e Batismo, são símbolos do inicio da vida crista, deve ser ministrado apenas aos que de fato iniciaram a vida crista.

    O Batismo é uma ordenança de Jesus. Ele representa, assim como a ceia, o entendimento da morte e ressurreição. Batismo:(ORDENANÇA) morre o velho homem e ressuscita para a nova vida com Cristo. CEIA:(Memorial)indica também morte e ressureição de Cristo.

    Ocorre que está virando "moda" os ditos CONGREGADOS tomarem ceia nas igrejas e na hora de se batizarem se excusam por vários motivos pessoais.

    Se uma pessoa está na igreja há mais de seis meses ouvindo dia após dia a palavra de Deus e NÃO SE DECIDE sequer pelo ato simples do Batismo -sua confissão pública de Fé em Cristo, como pode dicernir do corpo tomando ceia com os demais?

    A igreja que permite isso contribui para que o indivíduo o faça indignamente pois o "congregado" não entendeu ainda o que é CONVERSAO, ARREPENDIMENTO, OBEDIÊNCIA a Cristo.

    Contudo ele toma a ceia como todo Cristão que tomou uma decisão real com Cristo e a demonstrou sua fé publicamente, assim como Jesus o fez por nósmna cruz.

    Em minha opinião um "congregado" que frequenta a igreja há mais de seis meses na verdade é um "CONDENADO" em potencial porque REJEITA claramente a palavra de Deus, é duro de coração, NÃO TOMA a sua cruz para seguir a Cristo, caso permaneça assim será rejeitado e condenado por Deus ao inferno.

    Quem ouve as palavras de Deus e não pratica é considerado por /
    Ele como INSENSATO e não vai entrar no reino do céu.

    Não basta me dizer: “Senhor, Senhor!” para entrar no Reino dos céus; é preciso fazer a vontade do meu Pai que está no céus. (Mateus
    7:21)

    Ele é o campo cuja semente não germinou neste coração. Logo não poderia ser chamado de Congregado tão pouco participar de um cerimonial a Cristo -Ceia -visto que não acredita de fato no que está fazendo,pois do contrário já teria se batizado.

    Congregado "real" é a pessoa que está a dois ou três meses na igreja e logo toma a decisão por Cristo e se batiza e começa a fazer PARTE do corpo de Cristo. Este sim DISCERNE do corpo e sabe o que significou a Cruz, a Ceia e sabe o valor disso.

    Criamos em nossas igrejas Batistas a figura do Crente Batizado, do Crente Congregado, Dos "decididos" etc. Mas ninguém fala do grupo dos PERDIDOS que assistem aos cultos e nunca se decidem.

    Finalizando, a bíblia fala de apenas DUAS categorias; SALVOS E PERDIDOS -sinônimo: CRENTE E ÍMPIO. Não podemos dar Ceia a ímpios pois não dicernem do corpo de Cristo. Não existe meio-crente OU meio-convertido. Quem é de fato convertido a Cristo, logo o batismo é a primeira e rápida decisão que ele faz.

    A vontade e SEDE de se batizar vem da própria pessoa, levada pelo Espírito Santo.

    "...que me impede de ser batizado?" Disse o eunuco na sua conversão descrita em atos 8: 26 a 39.

    Paulo escreveu: batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela gloria do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. (Rm 6:3-4).

    Assim amado Pastor deixo esta palavra e agradeço pelo espaço. Que Deus abençoe sua vida e ministério e parabéns pelo blog.

    Gastao Pache Jr.

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