segunda-feira, 30 de março de 2009

DISCIPULADO RADICAL - V


Tendo apresentado os seus discípulos que são bem-aventurados sendo sal e luz, Jesus estabelece critérios para a Lei. “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para abolir, mas para cumprir” (Mt 5:17). A Lei foi dada por Deus para o benefício dos seres humanos. Jesus bem sabe disto e cuida em afirmar que com Ele a Lei não está ultrapassada, mas deve, sim, ser levada a sua essência radical.
Vejamos o que Jesus diz sobre a Lei. Em primeiro lugar que nada do que foi escrito haverá de passar. Até as pequenas instruções ainda têm o seu devido valor. Podem passar os céus e a terra, mas as Palavras do Senhor são infalíveis. Tudo o que foi prometido ainda pode ser esperado e tudo o que foi ordenado ainda deve ser cumprido.
Sendo assim, Jesus afirma que qualquer que violar um dos mandamentos será considerado menor no Reino de Deus e o que os cumprir será maior. A entrada no Reino de Deus se dá exclusivamente pela graça de Cristo, mas dentro dele, sou avaliado na medida em que me torno capaz de cumprir e fazer reais os ditames da Lei divina em minha vida.
Aqui o Mestre expressa toda a radicalidade do seu discipulado. Seguir o Reino não é viver num playground de uma “graça barata”; é estar voluntariamente disposto a negar-se a si mesmo em prol da cruz (o tema é retomado em Mt 16:24).
E Jesus conclui: “... se a justiça de vocês não for muito superior...” (Mt 5:20). O discípulo radical que cumpre a Lei de Deus tem que demonstrar na vida prática que sua conduta e justiça são muito superiores que a daqueles que estão ao seu redor. A vida do discípulo de Cristo é um exercício diário da prática do bem e da justiça divina na vida, superando em tudo a do mundo em que se vive.
Devo agradecer a Deus por Ele ter me dado a Lei para meu proveito – uma Lei que não passará! Contudo vou também suplicar que Deus me faça radical em cumprir a Lei integralmente em minha vida, fazendo-me melhor e mais justo que o mundo.

2 comentários:

  1. Saudações, partor Jabes.

    Como, nos dias de hoje, exercer jutiça de forma muito superior à daqueles que estão ao nosso redor. Abração.

    ResponderExcluir
  2. Querido Renato,
    Estamos vendo se cumprir as palavras de Jesus quando a multiplicação da iniquidade tem feito o amor de muito se esfriar (Mt 24:12), mas foi para um tempo como este que fomos chamados (Et 4:14 e Jo 17:15).
    Num tempo como este, a forma de fazer nossa justiça superar aos dos que nos rodeiam é em primeiro lugar fazê-la na base do amor (Jo 13:35). Quando o amor é a motivação de nossas ações - inclusive de justiça - cumrpimos nossa missão.
    De modo prático, devemos pensar e agir de modo correto e coerente com a fé que pregamos, mesmo que isso nos traga algum sofrimento momentâneo. Exemplos bíblicos não nos faltam, veja Rm 8:18 - 1Pe 1:13 - Hb 12:1-3.
    O Discípulo Radical não pode aderir ao jeitinho como forma de contornar as leis, não pode desconsiderar os direitos ou demandas dos outros como prática de ganho extra.
    Já pensou a diferença que isso iria fazer nos negócios e nas relações de trabalho? E no trânsito!?
    São nas situações do dia-a-dia que a graça cobra seu preço exigindo o Discípulo adote uma postura radicalmente diferente nos objetivos e nos valores. Isso não tem nada a ver com salvação. Isso tem a ver com nossa luz brilhando em meio a escuridão deste mundo que jaz no maligno (1Jo 5:19).
    Procure fazer diferença nas pequenas decisões, só assim sua justiça vai sobressair neste tempo.
    Obrigado pela postagem e que Deus o abençoe.

    ResponderExcluir