sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ENQUANTO VOU À CASA DO SENHOR

Das profundezas clamo a ti, Senhor; ouve, Senhor, a minha voz!” 
(Sl 130:1).
Na parte final do Livro dos Salmos, há quinze salmos que são conhecidos como Cânticos de Degraus ou de Romagem.  Eles eram entoados enquanto o povo se dirigia para o santuário e expressam tanto o sentimento como a preparação espiritual dos fieis que estão indo adorar a Deus.  Um deles – o Salmo 130 – retrata com simples profundidade o anseio que o crente tem pelo encontro com o Senhor.
O Salmo parte das profundezas [da alma] de onde vem o clamor pelo Senhor: Escuta, Senhor...  É como se o salmista quisesse dizer que no fundo do seu ser o que realmente importa é estabelecer um contato com Deus.  Enquanto me dirijo à adoração, é preciso manter aberto o canal com o Mestre: ou seja, deixando as superficialidades da vida e buscando ao Senhor com a mais sincera de minhas intimidades.  Lá onde só Deus me conhece é que quero ser visto e ouvido pelo meu amado Senhor.
Mas este contato íntimo com Deus me põe a desnudo.  Diante disto o salmista questiona: Quem escaparia? (Sl 130:3).  É diante de Deus que eu me vejo quem realmente sou, e assim que constato que sou um pecador e que – embora necessite e deseje a companhia divina – não posso sobreviver na sua presença.  Contudo, ainda assim o salmista sabe somente em Deus está o perdão para os que o temem, por isso insiste em por a sua esperança no Senhor (Sl 130:7). 
Desta forma, cantando este salmo de apenas oito versos, estou afirmando que mais que qualquer coisa nesta vida o que mais quero é a estar na presença sagrada.  Mais que qualquer segurança; melhor que qualquer esperança; mais que qualquer satisfação; o que eu realmente desejo é estar com o Senhor.
Que este seja o meu canto enquanto me dirijo à Casa do Senhor para o adorar – reflexo de toda a minha vida.  Aleluia!

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