sexta-feira, 8 de outubro de 2010

IDENTIDADE

Este final de semana e aproveitando o feriadão, os adolescentes de nossa igreja estarão em um "acampandentro".  Como nossa estrutura física permite, eles vão passar dias e noites aqui convivendo e desenvolvendo vários aspectos de sua vida cristã – já estão acostumados a isso e gostamos que seja assim.
Desta vez eles escolheram como tema do encontro: IDENTIDADE, o que é bem propício, pois vivem uma fase de consolidação de suas próprias identidades.  Escolheram com texto base 2Tm 2:22 que estabelece parâmetros do que evitar e do que seguir para forjarem uma identidade cristã aprovada por Deus.
Quanto ao verso bíblico vemos logo que não é a juventude em si condenável (como também não é por si só louvável), mas que principalmente nesta fase da vida é preciso evitar as paixões, loucuras, inconstâncias e irresponsabilidades próprias do período de amadurecimento e procurar estabelecer valores perenes para a vida.  São eles: justiça, fé, amor, paz, coração puro; e isto só se consegue invocando a Deus.
É assim que se forma a identidade humana: deletando da vida valores impróprios que muitas vezes corroem nossas vidas como um vírus e agregando outros que realmente importam.
Pensando primeiramente nos nossos adolescentes aqui acampados, mas estendendo a reflexão a todo cristão que deseja estabelecer e manter sua identidade real, permita-me listar pelo menos quatro fatores que contribuem na construção da identidade do cristão.
1. Imitação – sei que muito do que sou é resultado do meio em que vivo – claro que não atribuo tudo a tais fatores.  Fui me tornando o que sou imitando.  Falo uma língua, tenho gosto pela comida, pela roupa, pela música e outros aspectos muito devido ao meio em que vivi – e como isso é marcante entre os teens!  Aos efésios leio que meu modelo maior a imitar deve ser Cristo (confira Ef 5:1).
2. Conhecimento – estabelecer uma identidade também é um processo de descobertas e conhecimentos, tanto de si mesmo quanto do mundo que me cerca.  Ampliando as descobertas da infância, este novo período sempre quer descobrir e experimentar novidades.  É o profeta Oseias quem convida a desenvolver este traço da identidade a partir do conhecimento progressivo do Senhor (leia Os 6:3 e compare ainda com Mt 22:29).
3. Interiorização – fui adquirindo minhas características básicas de identidade à medida que um conjunto importante de valores foram se moldando dentro de mim.  Passar pela adolescência é sim um caminho de construção de interiores.  Paulo aos filipenses dá uma listra bem interessante de quais valores eu devo procurar imprimir em minha mente e em minha alma (marque cada item da lista em Fl 4:8).
4. Constância – de pouca coisa vai adiantar passar por cada uma das etapas da formação da identidade se não se adquirir uma certa estabilidade e constância ao longo do caminho. Sei que nestes anos de passagens poucas coisas se mostram realmente duradouras, mas aos poucos as marcas vão sendo deixadas e a identidade se configurando.  Tiago tem uma advertência quando a instabilidade e suas consequências na vida do cristão (vá a Tg 1:6).
Que não somente nossos adolescentes, mas que cada um de nós possa estabelecer a sua verdadeira identidade como cristão para a glória daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

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