sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

É TUDO NOVO



A partir do capítulo 21 de Apocalipse nós lemos a descrição da visão final de João sobre os eventos gloriosos dos últimos tempos.  Depois de transcrever as cartas, de contemplar o trono, de testemunhar a ruína da besta e a convocação dos lavados pelo sangue e de adorar junto com os seres viventes; depois disso tudo, o apóstolo ouve a voz do trono que declara a vitória definitiva do Cordeiro.
Desta narração das bodas eternas me chama a atenção logo de início que as primeiras coisas já são passadas (atestado no verso de Ap 21:4).  O antigo céu e a antiga terra, com seus espinhos, dores e lágrimas se acabaram.  O provisório deu lugar ao definitivo.  O ainda não já é o agora eterno de Deus.  Os novos céus se abrem para receber aqueles que venceram e, já de posse da coroa da vida, agora podem desfrutar da companhia estimada do noivo e celebrar a presença do tabernáculo de Deus com os homens. 
É a festa da presença absoluta entre nós!  É exatamente aqui onde se cumprem as palavras de Paulo quando diz que as aflições deste tempo presente – com suas mazelas e doenças – hão de dar lugar a incomparável glória em nós revelada (como gosto de Rm 8:18!).  Enfim chegou o dia: minha face será limpa das lágrimas que hoje insistem em correr e assim poderão brilhar refletindo a luz que vem do trono.
Claro que isso só é possível por que aquele que está sentado sobre trono declara que faz pessoalmente novas todas as coisas (dito no verso de Ap 21:5).  Isso quer dizer que o novo não é produzido a partir de elementos tirados do velho.  Os novos céus não são simples herança transmudada do velho céu. O velho já não existe e o todo novo agora acontece.
Com alegria percebo que aquele que realiza tanto o querer quanto o efetuar (expressão tirada de Fl 2:13); o que do nada traz tudo a existência (expressão aprendida de Hb 11:3); sim, é Ele que faz acontecer para sua noiva o reino que está preparado desde antes da fundação dos séculos (expressão encontrada em Mt 25:34).
Mas quem é Ele?  É o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim (declarado em Ap 21:6).  Aquele que não conhece limites para o seu poder pois abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre (escrito à igreja de Filadélfia em Ap 3:7).  Este é o Cordeiro que foi morto mas vivo está (confira Ap 1:18) e a quem foi dado todo o poder nos céus, na terra e debaixo dela (Ele o declarou em Mt 28:18). 
O Soberano supremo, Senhor dos senhores, Rei dos reis, aquele que era, que é e que havia de vir (palavras de Ap 1:8).  Finalmente chegou o grande dia do Senhor em que Ele postado no seu trono receberá toda glória, honra, louvor e adoração.  É Ele que faz tudo novo!
Hoje quando releio as palavras da descrição desta visão final de João lá em Patmos, sou levado a me juntar desde já àquela multidão e bradar: Aleluia pois reina o Senhor e chegou a hora da festa (o canto está em Ap 19:6-7).

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