Há alguns dias comecei a refletir sobre quem é Deus tomando como base o Salmo 18. Baseado no texto, compreendi que o Senhor é uma Rocha e alicerce firme e inabalável. Diante das lutas e batalhas travadas, posso permanecer seguro pois sei que há segurança para meus pés.
Hoje quero voltar ao Salmo com o objetivo de refletir sobre outra característica marcante do Senhor no contexto da batalha espiritual que estou a travar na vida: O Senhor é a minha fortaleza; a torre alta e forte (no Sl 18:2, mas também no Sl 61:3 entre outros).
Sobre a ideia da torre alta e da fortaleza para um exército em batalha, é importante destacar que enquanto ela está de pé algumas certezas são trazidas aos combatentes. Para quem está no calor da luta, a torre erguida significa que a) ainda há um comandante à frente do pelotão (também no Sl 68:7-8 e Sl 108:10-11); b) ainda devo continuar batalhando (também no Sl 27:1-3); e c) sei que ainda a guerra não está perdida (também no Sl 37:39).
Da mesma forma, em minhas lutas diárias, preciso manter sempre ao alcance de minha vista (e de minhas convicções e fé) a certeza de que o Senhor é a fortaleza e a torre alta ainda de pé em meu favor.
Jesus é o comandante que continua à frente de seu exército. Hebreus nos diz que ao meu redor há uma grande nuvem de testemunhas, mas meus olhos devem estar postos naquele é o autor e consumador de minha fé (confira em Hb 12:1-2). No meio da batalha devo sempre me nortear mirando o general que permanece firme como uma torre segura no meio da luta.
Mas não chegou o tempo de descanso; o Senhor como a torre forte erguida conclama a continuar batalhando. Pedro na sua primeira carta adverte que, mesmo por pouco tempo, mas ainda é preciso suportar o enfrentamento da luta (veja 1Pe 5:10). Vai chegar o dia do nosso descanso, mas por ora, a luta ainda está sendo travada, e a torre alta aponta para isso. É preciso prosseguir.
O Senhor como minha torre forte e segura é também a garantia de que mesmo nesta vida de lutas nada está perdido. Há sempre triunfo em Cristo Jesus! Apocalipse narra que diante do grande dragão, nos céus ouviu-se um brado de vitória que celebrava a vitória que há no sangue do Cordeiro (o canto está em Ap 12:10-12). Mesmo que as batalhas sejam pesadas e até pareça que sofremos demais com perdas durante a luta, Cristo nunca se abalará e a fé depositada nele fortalece o guerreiro (é bom lembrar Fl 4:13).
Em meio às batalhas da vida (principalmente espirituais), é indispensável contar com uma torre alta e forte, uma fortaleza que não se abala. Por isso devo concluir esta reflexão cantando com o Salmo: Mas eu cantarei louvores à tua força; pois tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis. Ó minha força, canto louvores a ti (Sl 59:16-17).
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