sexta-feira, 12 de março de 2010

ATÉ OS CONFINS DA TERRA

Aqui em nossa Igreja temos nos colocado uma meta desafiadora: ganhar nosso bairro para Cristo e estabelecer o Reino de Deus entre nós, vencendo as forças do maligno que querem imperar por aqui.  Por compreender a importância e a necessidade de nosso desafio, então: por que se envolver e fazer missões mundiais neste contexto?  Se ainda nem alcançamos nossos vizinhos, por que nos preocupar com os haitianos, africanos e chilenos?
Para buscar uma resposta, quero partir da citação de Paulo que estava disposto a fazer tudo por causa do evangelho, para ser co-participante dele (1Co 9:23 que é o texto base da campanha missionária deste ano).  E indo um pouco além, deixe-me apresentar pelo menos três razões porque devo fazer missões mundiais e por Cristo ir até aos confins da Terra.
Em primeiro lugar por que Deus viu e amor o mundo e é preciso que da mesma forma minha igreja veja e ame o mundo (nenhum texto se compara a Jo 3:16).  Mesmo estando nos céus, Deus olhou com amor pelas almas perdidas de todo o mundo e tudo o que fez foi movido por esta compaixão (veja Rm 5:8).  É porque este amor me alcançou que devo buscar transmiti-lo na mesma dimensão a todo o mundo (ainda cito 1Jo 4:19).
Ainda convém enfatizar que a extensão da minha visão do Reino de Deus deve determinar o alcance da minha missão e do evangelho que estou a pregar.  Se creio que o Reino abrange todo o mundo, também minha missão deve alcançá-lo.
Em segundo lugar porque como Cristo foi enviado ao mundo, também a igreja está debaixo do mesmo compromisso (Jesus disse isso em Jo 20:21).  Jesus tinha uma missão a cumprir e nada o haveria de deter.  Neste senso de determinação e objetividade o próprio Mestre repassou sua missão de ganhar o mundo para o evangelho para seus seguidores (lembro de Jo 13:15).  É porque fui enviado que não posso me esquecer da missão ao mundo.
Observe que a minha consciência clara, específica e mundialmente abrangente da missão é que estabelecerá o meu comprometimento com ela.  Por ter tal consciência não posso descuidar antes de tê-la alcançado (veja ainda a instrução em 2Tm 4:5).
E em terceiro lugar porque o senso de urgência demonstrado por Cristo deve me influenciar de modo profundo (ainda Jesus em Jo 9:4).  A certeza de que o tempo estava para se cumprir em breve motivou Jesus a ir sempre além e deve também mover minha igreja a continuar até os confins da Terra (já é clássico Mc 16:15).  É porque sei que o tempo está próximo que não posso diminuir o alcance de minha missão.
Esta associação é fundamental: a convicção dos sinais dos tempos tem que me impulsionar a fazer missões no mundo.  Se estou vendo os sinais acontecendo, preciso cumprir logo a missão (veja a advertência em Lc 21:31).
Como disse lá em cima, temos um compromisso com a expansão do Reino e do Evangelho aqui em nossos conjuntos.  Mas sei que nossa missão é muito maior, por estar na dimensão do amor enviado e urgente de Deus por este mundo todo.  Que nada nos faça abandonar a missão e que possamos repetir com convicção: por Cristo vou até os confins da Terra.

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