Além das grandes narrações bíblicas – histórias épicas e eventos de fé que mudaram a história e são lembrados como referência ainda hoje – há pequenos relatos narrados no texto sagrado, como que apenas flash de situações que foram preservadas pelos escritores. Um destes é narrado por Marcos (apenas quatro versos – Mc 12:41-44) e que ficou conhecido como a oferta da viúva.
Sem entrar nos detalhes – até porque no Evangelho eles são poucos – queremos começar uma pequena série de estudos hoje sobre este episódio. Com certeza ele vai também nos chamar a atenção, como chamou a dos evangelistas e nos fazer refletir neste momento em que estamos nos empenhando na Campanha de nosso terreno.
Tudo começa com a observação de Jesus. Marcos diz que com simplicidade Jesus sentou-se em frente ao lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro no gazofilácio. Em linhas gerais, o que Jesus observou e viu naquele dia é o que queremos refletir.
Em primeiro lugar Jesus percebe quando vamos adorar no santuário. Quando aquela viúva chegou para adorar, o Senhor a notou em sua atitude de culto. Pois é isso mesmo que acontece quando o povo de Deus vem a sua casa para buscá-lo em adoração.
É certo que Deus nos ouve em qualquer lugar, mas se lembrarmos da resposta que o Senhor deu a Salomão no dia da dedicação veremos que há uma predileção do Senhor pelo lugar do culto: escolhi este lugar para mim, como templo (2Cr 7:12).
Por que é verdade que o Senhor percebe seus filhos reunidos em adoração, e se agrada disso, então devemos fazer nossas as palavras do Sl 122:1.
Uma segunda verdade que extraímos na narração é que Jesus percebe atitudes individuais em meio ao agito da multidão. A ação da viúva pode ser destacada e individualizada entre todos aqueles cultuantes. Ou seja, embora nosso culto seja coletivo, Deus é capaz de ver e tratar a cada um particularmente.
Lembremos que na instrução paulina sobre a diversidade dos dons e a unidade que deve haver na igreja, ele diz que embora sejamos todos partes de um mesmo corpo – a igreja – e como tais uma multidão dos que crêem (a expressão está em At 4:32), a nossa participação no corpo de Cristo e nossa adoração é individualizada (veja 1Co 12:27).
A atitude do salmista Davi deve ser encontrada em cada um de nós ao se achegar ao templo para cultuar: buscar uma disposição de se prostrar pessoalmente para render graças ao nome do Senhor (é o Sl 138:2).
Uma terceira percepção da observação de Jesus é que ele busca a intenção do coração e não a encenação exterior. Mais que simples demonstrações de atitude de culto, o que Jesus buscava, e encontrou naquela viúva foi um coração entregue completamente ao Senhor: ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver.
A apresentação das ofertas dos irmãos Caim e Abel são bons exemplos. Enquanto o primeiro foi rejeitado por o pecado já estava a porta do coração enquanto que o segundo foi aceito de bom grado pelo Senhor (a narração está em Gn 4:1-7).
Mais uma vez é dos Salmos onde encontramos refletida esta verdade: veja o Sl 24:3-4 e o Sl 64:10.
Na próxima semana vamos continuar refletindo sobre esta pequena narração evangélica, mas por ora, procuremos de coração e pessoalmente buscar o Senhor no seu santo templo para adorá-lo, pois é certo que ele nos vê e ouve.
(Na imagem lá em cima, duas pequenas moedas antigas como as que devem ter sito depositadas pela viúva e observada por Jesus)
Oi Pastor Jabes.
ResponderExcluirLi o texto e vou acompanhar o estudo. Deus abençoe.
Renato Ponte
Querido Renato
ResponderExcluirEspero que estas lições sejam válidas para seu crescimento espiritual.
Um abraço