Na foto aí vemos a imagem dela tirada no ano passado.
Minha mãe, Emília Perruci Cervino. Gosta de ficar em sua cadeira de balanço. Traz os cabelos branquinhos, o corpo magro, a respiração cansada, tem certa deficiência visual e auditiva por causa dos muitos anos vividos. Sua mente, porém, está lúcida e ativa. Acorda pela manhã perguntando se é dia de ir à igreja. Canta hinos de louvor a Deus, recita versículos da Bíblia, aconselha os que se achegam a ela, e está sempre feliz. Quem a vê, tão frágil e dependente, não imagina a mulher forte e valorosa que tem sido, nem o quanto sofreu, lutou e venceu com humildade e mansidão.
Filha de imigrantes italianos, teve sua infância permeada pelo amor dos pais, pela pobreza e pelas perdas familiares. Órfã aos 13 anos, Emília conheceu o evangelho por meio de uma vizinha que a socorreu durante o luto. Batizou-se na Igreja Batista da Torre, em Recife, PE. Ela recorda com muita alegria a sua juventude, as festas sociais, os namoros, os programas onde recitava poesias e cantava.
Ela tinha o desejo de servir a Jesus, então a igreja apoiou seus estudos no Colégio Americano Batista e na Escola de Trabalhadoras Cristãs (hoje Seminário de Educação Cristã). Depois trabalhou em um hospital como auxiliar de enfermagem. Ali conheceu a dona de uma fábrica de biscoitos e massas, de quem se tornou grande amiga. Essa mulher sofrera um acidente e ao sair do hospital convidou Emília para trabalhar como sua enfermeira particular.
Casou-se em 1933 com um primo de São Paulo, também filho de imigrantes, chamado Rafael. Em um mês namoraram, noivaram, casaram e viajaram. A amiga rica deu todo o enxoval, inclusive vestido de noiva!
Algum tempo depois o casal voltou para Recife e novamente a amiga rica os ajudou conseguindo para Rafael um emprego na fábrica, onde ele trabalhou durante 35 anos, até a aposentadoria. Como representante passava dois anos em cada capital. Assim Emília criou seus filhos sem família por perto para ajudá-la. Perdeu dois recém-nascidos.
No início Rafael não era evangélico, mas, quando morreu, aos 95 anos, tornara-se um crente fiel. Emília fazia o culto doméstico diariamente, levava suas filhas à igreja, orava e evangelizava os vizinhos. Ensinava não só com palavras, mas com o exemplo diário e constante. Participava ativamente na sua igreja e denominação. Cooperou na organização da Casa da Amizade, do Lar Batista Elizabeth Mein e em muitas outras atividades. Ajudou a criar órfãos e tinha sua casa aberta para todos os que precisassem. A “Pensão da Dona Emília” (como apelidaram a sua casa), sempre tem visitantes, hóspedes e amigos para as refeições, para dormir ou morar com conforto e boa acolhida.
Ao acordar pela manhã ela me abraça e diz: “Minha filha, quanto eu te amo!”. Ou: “Por que só você cuida de mim?”. Eu sempre lhe explico que Deus me preservou solteira para me dar o grande privilégio de estar com ela agora. Esta é pessoa maravilhosa que eu admiro, e é admirada por muitos, amigos e irmãos na fé.
Filha de imigrantes italianos, teve sua infância permeada pelo amor dos pais, pela pobreza e pelas perdas familiares. Órfã aos 13 anos, Emília conheceu o evangelho por meio de uma vizinha que a socorreu durante o luto. Batizou-se na Igreja Batista da Torre, em Recife, PE. Ela recorda com muita alegria a sua juventude, as festas sociais, os namoros, os programas onde recitava poesias e cantava.
Ela tinha o desejo de servir a Jesus, então a igreja apoiou seus estudos no Colégio Americano Batista e na Escola de Trabalhadoras Cristãs (hoje Seminário de Educação Cristã). Depois trabalhou em um hospital como auxiliar de enfermagem. Ali conheceu a dona de uma fábrica de biscoitos e massas, de quem se tornou grande amiga. Essa mulher sofrera um acidente e ao sair do hospital convidou Emília para trabalhar como sua enfermeira particular.
Casou-se em 1933 com um primo de São Paulo, também filho de imigrantes, chamado Rafael. Em um mês namoraram, noivaram, casaram e viajaram. A amiga rica deu todo o enxoval, inclusive vestido de noiva!
Algum tempo depois o casal voltou para Recife e novamente a amiga rica os ajudou conseguindo para Rafael um emprego na fábrica, onde ele trabalhou durante 35 anos, até a aposentadoria. Como representante passava dois anos em cada capital. Assim Emília criou seus filhos sem família por perto para ajudá-la. Perdeu dois recém-nascidos.
No início Rafael não era evangélico, mas, quando morreu, aos 95 anos, tornara-se um crente fiel. Emília fazia o culto doméstico diariamente, levava suas filhas à igreja, orava e evangelizava os vizinhos. Ensinava não só com palavras, mas com o exemplo diário e constante. Participava ativamente na sua igreja e denominação. Cooperou na organização da Casa da Amizade, do Lar Batista Elizabeth Mein e em muitas outras atividades. Ajudou a criar órfãos e tinha sua casa aberta para todos os que precisassem. A “Pensão da Dona Emília” (como apelidaram a sua casa), sempre tem visitantes, hóspedes e amigos para as refeições, para dormir ou morar com conforto e boa acolhida.
Ao acordar pela manhã ela me abraça e diz: “Minha filha, quanto eu te amo!”. Ou: “Por que só você cuida de mim?”. Eu sempre lhe explico que Deus me preservou solteira para me dar o grande privilégio de estar com ela agora. Esta é pessoa maravilhosa que eu admiro, e é admirada por muitos, amigos e irmãos na fé.
UMA GUERREIRA DA FÉ E GRANDE EXEMPLO PARA ESSA GERAÇÃO, QUE DEUS CONTINUE A ABENÇOA-LA.
ResponderExcluirAlex-PIBA
ResponderExcluirQue exemplo de vida a sua vó. Que Deus continue dando a ela esta alegria descrita neste artigo.
Querido Marcelo,
ResponderExcluirTambém vejo minha vó como uma guerreira e tenho certeza que a vida dela foi um instrumento de bênçãos para nós da sua família e para todos os que com ela conviveram.
Obrigado pela postagem.
Um abraço
Oi Alex
ResponderExcluirO exemplo de vida da minha vó é realmente motivo de inspiração e alegria para todos nós, bem sua alegria.
Obrigado pela postagem
Um abraço
Querido pastor Jabes Filho:
ResponderExcluirEu é que tenho de agradecer pela promoção de nossa família.
Consegui abrir e ler, sua mãe também leu. Abraços, Ycléa
Tia,
ResponderExcluirJá pensou o meu privilégio em fazer parte desta família!!??
Um abraço
Jabes Filho
Que Deus sempre continue abençoando está linda senhora.Que exemplo de vida maraviloso.
ResponderExcluirUeslândia
Querida,
ResponderExcluirNão tenho como negar que tenho um santo orgulho de minha avó. Realmente sua vida é um exemplo. Obrigado pelo comentário.
Um abraço