sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ATALAIA

O nome atalaia para nós sergipanos traz um significado todo próprio: é o principal termo que usamos em relação à praia e ao mar que temos em nossa capital, Aracaju.  Um é quase sinônimo do outro.  Mesmo com a expansão da cidade e a abertura de novos espaços com frente à imensidão do Oceano, a Atalaia guarda seu valor de referência entre nós.  E até acho que isso é bom!
Mas também como leitor da Palavra de Deus, atalaia me reporta ao chamado do profeta Ezequiel quando ele foi colocado como sentinela diante do povo de Israel que então penava do exílio babilônico (confira em Ez 3:17).
Unindo os dois conceitos, atalaia soa para mim agora como o meu desafio missionário diante da minha terra.  Parece bem claro que esta palavra é mim.  Esta é a minha tarefa como servo conclamado para a missão em terras sergipanas.
Posicionando-me como atalaia de Deus para Sergipe, posso listar pelo menos quatro atitudes que são indispensáveis e que determinarão o sucesso ou não da minha empreitada.
Um.  A atalaia é uma orla fantástica.  Como atalaia preciso me colocar também no lugar apropriado, está ali e ver (Jesus falou em olhar os campos prontos para a ceifa em Jo 4:35).
Dois. Por aquelas bandas há ainda hoje um farol significativo – e chamamos até o bairro de Farolândia.  Da mesma maneira é indispensável permanecer alerta e vigilante para que nada venha a me tomar de surpresa e estar a qualquer momento pronto para agir (atenção à advertência do apóstolo em 1Pe 5:8).
Três.  A praia é um dos principais cartões postais de nossa cidade.  Isso me diz que como atalaia devo sempre está disposto a anunciar a mensagem e o convite que o Senhor tem me dado por incumbência (imite a disposição de Pedro em João em At 4:20).
Quatro. Há neste lugar alguns cantos bem acolhedores.  Faz parte da tarefa da atalaia convocada pelo Senhor assumir a sua missão com responsabilidade, compaixão e envolvimento (este é o exemplo de Jesus deixado em Jo 13:1).
Deus tem interesse nesta terra, Ele a fez completamente rica em belezas e, sem dúvida, caprichou no mar por aqui.  Porém são as mulheres e homens deste rincão que mais estão no interesse divino.  Foi por isso que a igreja de Jesus Cristo foi posta neste lugar como verdadeira atalaia diante da geração que hoje vive em nosso Sergipe. 
Como Deus quer, assumamos estar no lugar certo; atentos; prontos para anunciar o evangelho e envolvidos com paixão missionária com o nosso povo.  Sejamos atalaias aqui.
 (Na imagem lá em cima, uma montagem com fotos antigas da Praia de Atalaia, encontrada no site da Prefeitura de Aracaju).

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O DEUS A QUEM ADORAMOS

De eternidade a eternidade tu és Deus.
(Salmo 90:2b)
Hoje gostaríamos de começar uma nova etapa em nossa reflexão, retirando coisas do baú da Adoração.  Agora convém refletir sobre personagens que compõem na celebração de adoração da Igreja.
A primeira personagem que deve ser referida é, com certeza, o Deus a quem toda adoração deve ser dirigida.  Logo no primeiro mandamento o Senhor requer para si a exclusividade da adoração do crente: “Não terás outros deuses” (Êxodo 20:3).  Deus exige exclusividade daquele que dele se aproxima.  Todo louvor e toda adoração devem ser dirigidos unicamente a Deus.
Mas, quem é este Deus a quem adoramos?  O Salmo 89:7 nos diz que: “na assembléia dos santos Deus é temível, mais do que todos os que o rodeiam”.  Deus é o santo de Israel – o altíssimo e por isso deve ser reverenciado e temido.
Por outro lado, este Deus excelso e tremendo diante do qual é exigido santidade e respeito também é o Deus que se volta para o seu povo.  O Salmo 138:6 reconhece: “embora esteja nas alturas, o Senhor olha para os humildes, e de longe reconhece os arrogantes.”  Deus é o nosso Pai que se compadece do seu povo e vem ao encontro daqueles que os buscam com sinceridade de coração.
Adoremos a este Deus supremo e compassivo.
(do livro "No Baú da Adoração" publicado em 2004)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

INCREMENTAI VOSSA VIDA

Tendo apre-sentado a Cristo Jesus como o modelo de vida, o apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos filipenses instruiu a por em ação a salvação (leia Fl 2:12). 
Para começo de conversa é preciso deixar claro que hoje cremos como Paulo: o que chamamos de salvação é um conjunto de dupla característica; cada uma com o seu valor e seu fundamento.  Por um lado a salvação tem um aspecto espiritual, sobrenatural, eterno e miraculoso – este é resultado da ação graciosa e poderosa de Cristo por nós.  Por outro, há o aspecto humano, comportamental e histórico – aqui é quando me atenho em cumprir meu papel e tem a ver com minhas decisões e atitudes do dia-a-dia.
Voltemos ao texto apostólico pois creio que foi sobre este segundo aspecto que Paulo falou.  Numa tradução bem livre do texto posso ler: façam valer a pena a vida cristã que vocês levam, ou de outra forma, incrementem a qualidade da vida cristã de vocês.  E nos versos logo adiante da leitura bíblica vejo como isso é possível.
No verso 14 ele diz: façam tudo sem queixas.  A vida cristã é vivida com qualidade e exuberância quando é encarada sem murmuração, queixumes ou amarguras.  No mesmo sentido, porém em direção inversa, aos hebreus ainda é dito que qualquer raiz de amargura contamina a vida cristã e exclui o salvo da graça de Deus (confira Hb 12:15).
Ainda aos filipenses no verso 15 é requerido que haja diferenciação do mundo.  A boa existência cristã só se dá quando a luz que há no crente se faz bem destacada em oposição à vida corrompida e depravada conforme os valores mundanos.  O mesmo Paulo falou aos romanos sobre não se amoldar aos critérios do mundo que os cerca (veja Rm 12:2).
E no verso 16 está escrito: retendo firmemente a palavra da vida.  A melhor forma de incrementar a vida cristã é absorvendo a palavra divina como fundamento de toda e qualquer atitude que eu venha a tomar.  Sobre isso devo lembrar do conselho dado a Josué ainda no começo do seu ministério para reter as palavras da Lei (em Js 1:7-8).
Como bom cristão que aspiro ser, devo me esforçar por incrementar, qualificar e desenvolver a salvação que já recebi pela graça sobrenatural de Cristo.  Que sejam estes os critérios de minha vida para a glória daquele que realiza em mim tanto o querer como o acontecer.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ADORAÇÃO NO LIVRO DE APOCALIPSE

... os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo sempre.
(Apocalipse 4:10)
Fechando o primeiro ciclo de reflexão sobre Adoração – a leitura do texto bíblico buscando indicações acerca do tema – gostaríamos de ler as expressões de adoração contidas no Livro de Apocalipse.
O Livro de Apocalipse narra a visão que João teve dos fatos que se desenrolaram para a vitória final de Cristo na História, e nesta visão o canto de júbilo dos redimidos merece destaque.  No texto sempre são os que estão nos céus ao lado do Cristo vitorioso que adoram.  São sempre os que temem, “tanto pequenos como grandes” (Apocalipse 19:5) que louvam a Deus.
Um segundo destaque é o reconhecimento de que todo louvor deve ser dedicado exclusivamente ao Cordeiro.  Somente no capítulo 5 por quatro vezes é dito que Ele é digno.  Reconhecer a Cristo como merecedor exclusivo de nossas palavras de adoração faz parte da essência do louvor no Livro de Apocalipse.  Neste livro, adorar é em verdade atestar a Cristo como merecedor de dignidade.
Se o Livro de Apocalipse é a antecipação da realidade da Igreja em seu destino final, vamos desde já exercitar a nossa adoração e louvor como salvos e reconhecedores da pessoa de Cristo Jesus e sua obra. 
Faça-nos Deus assim!
(do livro "No Baú da Adoração" publicado em 2004)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OLHEM O CAJUEIRO

O cajueiro que temos em nosso terreno está todo florido!  Está lindo de ver!  Tudo leva a crer que este ano teremos uma boa colheita de cajus e que o Senhor nos brindará com muitos frutos para desfrutarmos de suas bênçãos nos deliciando com o próprio fruto, sucos, sorvetes, mousses, geléias, castanhas e mais o que a criatividade aprontar.  E pelo jeito vai dar para todos comerem e ainda vai sobrar – Deus sempre faz assim!
A visão do cajueiro me trouxe a pensar nas palavras de Jesus quando alertou para observar a figueira (penso que se fosse por aqui Ele tinha apontado o nosso cajueiro).  Citado pelos evangelhos sinóticos (Mt 24:32; Mc 13:28 e Lc 21:29), o Mestre instruiu a entender que como a árvore no seu tempo próprio, a nossa existência aqui também demonstra quando o tempo está para chegar.
É claro que não vou cair na esparrela de tentar marcar data para os acontecimentos vindouros, mas olhando o cajueiro preciso cuidar de ficar atento.  E isso implica em duas posturas iniciais: a) não estar ansioso pois é certo que minhas preocupações nem só não vão mudar em nada a realidade das coisas como por vezes até impedirão minha postura de fé (veja o que Paulo disse em Fl 4:6) e b) não permanecer relaxado, ocioso ou desligado já que tais atitudes me afastam dos compromissos e atitudes cristãs (ainda Paulo em 1Co 16:13).
Voltando ao pé de caju.  A verdade é que o cajueiro não traz ou provoca a chegada do verão, mas também é certa a verdade que ele se prepara para que quando chegar o momento certo possa apresentar o melhor dos seus frutos para quem dele cuidou.  Da mesma forma, eu não provoco com minhas atitudes nem a volta de Cristo nem qualquer outro acontecimento do porvir mas devo me preparar adequadamente para quando eles chegarem.  Como fazer isso?  O próprio texto evangélico nos aponta:
No verso de Lc 21:34 leio que não devo sobrecarregar meu coração com as coisas desta vida.  Se minha prioridade é o reino que está preparado desde a fundação do mundo (palavras de Mt 25:34), então é fundamental não me distrair com outras coisas (sobre isso confira Ef 5:11 e 2Tm 2:4).
Também no verso de Lc 21:35 sou instruído a manter uma disposição de vigilância e oração.  É isto que se espera de todo cristão verdadeiro que vive na dependência exclusiva de seu Senhor e sabe que não resta mais muito tempo (veja a parábola das virgens que segue em Mt 25), ou seja, o crente que espera é o crente que vigia e ora sempre (note a ordem direta em 1Ts 5:17).
O cajueiro está florido e ele está me dizendo que o tempo está próximo.  Que eu possa viver de maneira apropriada aguardando o grande dia do Senhor.

(Na foto lá em cima uma visão do cajueiro em nosso terreno)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

NO NT - A MULHER SAMARITANA

Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
(João 4:24)
Depois de termos passado pelo AT, buscando as instruções divinas sobre a adoração, devemos agora colocar os nossos olhos nas palavras do NT para também buscar conhecer a vontade do nosso Mestre.
Conversando com uma mulher samaritana (João 4), Jesus nos diz que Deus procura adoradores que o façam em Espírito e em Verdade.  A samaritana estava preocupada com a forma e as circunstâncias e Jesus – embora não negue a importância disto – queria dar maior ênfase ao conteúdo e significado.
Em primeiro lugar a adoração proposta por Jesus deve ser em Espírito.  Isto é conteúdo.  Uma adoração assim não é simples reflexo de emoções, mas resultado de uma vida de contato espiritual com Deus que preenche e completa toda a vida do adorador.  Uma adoração em espírito restaura a imagem de Deus no ser humano.
E Jesus completa a sua instrução à samaritana afirmando que a adoração também deve ser revestida de verdade.  Isto é significado.  Aquele que se aproxima de Deus para adorá-lo não deve fazer desta atitude um ritualismo vazio.  Deve o cristão buscar conhecer o Deus a quem adora para assim prestar-lhe a veneração devida.
Que nos faça o Senhor da Igreja, uma comunidade de adoradores em Espírito e em verdade.
(do livro "No Baú da Adoração" publicado em 2004)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

IDENTIDADE

Este final de semana e aproveitando o feriadão, os adolescentes de nossa igreja estarão em um "acampandentro".  Como nossa estrutura física permite, eles vão passar dias e noites aqui convivendo e desenvolvendo vários aspectos de sua vida cristã – já estão acostumados a isso e gostamos que seja assim.
Desta vez eles escolheram como tema do encontro: IDENTIDADE, o que é bem propício, pois vivem uma fase de consolidação de suas próprias identidades.  Escolheram com texto base 2Tm 2:22 que estabelece parâmetros do que evitar e do que seguir para forjarem uma identidade cristã aprovada por Deus.
Quanto ao verso bíblico vemos logo que não é a juventude em si condenável (como também não é por si só louvável), mas que principalmente nesta fase da vida é preciso evitar as paixões, loucuras, inconstâncias e irresponsabilidades próprias do período de amadurecimento e procurar estabelecer valores perenes para a vida.  São eles: justiça, fé, amor, paz, coração puro; e isto só se consegue invocando a Deus.
É assim que se forma a identidade humana: deletando da vida valores impróprios que muitas vezes corroem nossas vidas como um vírus e agregando outros que realmente importam.
Pensando primeiramente nos nossos adolescentes aqui acampados, mas estendendo a reflexão a todo cristão que deseja estabelecer e manter sua identidade real, permita-me listar pelo menos quatro fatores que contribuem na construção da identidade do cristão.
1. Imitação – sei que muito do que sou é resultado do meio em que vivo – claro que não atribuo tudo a tais fatores.  Fui me tornando o que sou imitando.  Falo uma língua, tenho gosto pela comida, pela roupa, pela música e outros aspectos muito devido ao meio em que vivi – e como isso é marcante entre os teens!  Aos efésios leio que meu modelo maior a imitar deve ser Cristo (confira Ef 5:1).
2. Conhecimento – estabelecer uma identidade também é um processo de descobertas e conhecimentos, tanto de si mesmo quanto do mundo que me cerca.  Ampliando as descobertas da infância, este novo período sempre quer descobrir e experimentar novidades.  É o profeta Oseias quem convida a desenvolver este traço da identidade a partir do conhecimento progressivo do Senhor (leia Os 6:3 e compare ainda com Mt 22:29).
3. Interiorização – fui adquirindo minhas características básicas de identidade à medida que um conjunto importante de valores foram se moldando dentro de mim.  Passar pela adolescência é sim um caminho de construção de interiores.  Paulo aos filipenses dá uma listra bem interessante de quais valores eu devo procurar imprimir em minha mente e em minha alma (marque cada item da lista em Fl 4:8).
4. Constância – de pouca coisa vai adiantar passar por cada uma das etapas da formação da identidade se não se adquirir uma certa estabilidade e constância ao longo do caminho. Sei que nestes anos de passagens poucas coisas se mostram realmente duradouras, mas aos poucos as marcas vão sendo deixadas e a identidade se configurando.  Tiago tem uma advertência quando a instabilidade e suas consequências na vida do cristão (vá a Tg 1:6).
Que não somente nossos adolescentes, mas que cada um de nós possa estabelecer a sua verdadeira identidade como cristão para a glória daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ADORANDO COM OS LEVITAS

Bendigam o Senhor, ó israelitas!
Bendigam o Senhor, ó sacerdotes!
Bendigam o Senhor, ó levitas!
Bendigam o Senhor os que temem o Senhor!
(Salmo 135:19-20)
No AT um grupo distinto dos Filhos de Israel esteve envolvido na ministração da adoração ao Senhor: os levitas.  Nesta nossa série de estudos, convêm retirar do baú lições sobre o ofício levítico conforme instruídos nas páginas bíblicas.
Sobre o ofício dos levitas, a primeira observação a se fazer é que eles foram alvos de uma escolha especial da parte de Deus.  Em Números 3:12-13 nós lemos que o próprio Senhor separou os filhos de Levi para serem sua possessão, tendo primazia no serviço cultual.
Esta escolha especial conduz à compreensão de que deveriam ter atribuições específicas.  Já no Pentateuco tínhamos normas objetivas, mas só com a ordenação do culto com o Templo é que o Rei-Poeta Davi estabeleceu atribuições para os levitas.  No texto de 1º Crônicas capítulos 23 a 26 Davi distribuiu funções de modo que todo o serviço litúrgico e estrutural do templo pudesse ser exercido pelos levitas.
Voltando às instruções contidas no livro de Números, chama-nos a atenção o fato que se por um lado há honra e privilégio em ser escolhido por Deus e ter atribuições específicas a cumprir; por outro isto exige de cada um uma consagração bem distinta e uma vida inteira exclusiva dedicada ao serviço sagrado.  Em Números 8:6 lemos: “Separe os levitas (...) e purifica-os”.
Peçamos a Deus que nos dê levitas verdadeiros que cumpram sua missão diante de Deus.
(do livro "No Baú da Adoração" publicado em 2004)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DO SENHOR É A TERRA

Estamos chegando ao momento das decisões eleitorais.  Por opção ministerial, tenho me mantido em silêncio durante todo este processo.  Entendo e respeito os que assim não fizeram, mas repito: por vocação e opção me dediquei ao trabalho pastoral (gosto de assumir At 6:2).  Exatamente por isso, por ter me ocupado com o ministério da palavra, quero aproveitar a ocasião e olhar para a Bíblia buscando ver o que ela tem e me dizer para o dia de hoje.
Devo tomar como base o Sl 24, até por que este é um salmo de contornos bem políticos.  Observe que nele o Senhor é enfaticamente nomeado como o Rei da glória, para quem os portais devem ser abertos.
No contexto atual, contudo, o que deve chamar a minha atenção é o verso primeiro.  Enquanto muitos disputam legitimamente postos de poder (e continuo entendendo que não é este o espaço para debater o tema), Davi afirma: do Senhor é a terra...
Mas permita-me aprofundar esta compreensão a partir do próprio texto.  Inicialmente vejo que a Deus tudo pertence, pois foi Ele quem o fez (verso dois).  O Senhor tem direito de posse e mando porque foi sua voz quem fez tudo existir (vá ao início da Bíblia em Gn 1 quando o poema sagrado atribui à voz do Senhor os atos criativos).
E mais: Hb 11:3 afirma que pela fé entendemos que tudo o que existe é resultado da vontade divina; e o Sl 90:2 declara que antes que houvesse firmamento, de eternidade a eternidade tu és Deus.  Antes que qualquer outra autoridade se levantasse, o Senhor já era soberano.
Deixe-me voltar ao Rei da glória (verso oito).  Além das prerrogativas que lhe cabem pela criação, o Senhor é o forte e valente nas guerras.  Assim foi cantado por Moisés em Êx 15; e assim foi dito a Isaias em Is 43:13. 
Não há força, poder ou domínio que possa se opor ao Senhor dos exércitos.  A sua vontade é soberana e seu trono eterno.  Como cristão devo ir ainda além: reconheço que a Jesus foi dado todo poder (veja Mt 28:18) e que não há sistema, entidade ou reino que possa deter o seu agir.
Neste tempo quando dirigente e líderes humanos estão sendo escolhidos para terem a responsabilidade de conduzir a nação e os Estados brasileiros, possamos, acima de tudo, reconhecer que mais que mulheres ou homens no poder, ou mesmo que a força do voto popular: do Senhor é a terra e a Ele pertencem domínio e poder sobre o universo e a história dos povos e nações.  Então, desde já, convoco como pastor a você se unir para aclamar o Todo-poderoso como o faremos na eternidade (cante Ap 19:6-7).  Para a glória do Rei.